O Padre James Mallon, autor do livro “Renovação Divina – de uma Paróquia de Manutenção a uma Paróquia Missionária”, estará na nossa Paróquia no dia 9 de fevereiro. O P. James Mallon, com a equipa da sua Paróquia de Saint Benedict, da cidade de Halifax, Canadá, transformou a sua Paróquia numa comunidade viva de discípulos-missionários. O processo demorou vários anos e foram várias as provações. Agora, com toda a sua experiência, é responsável por ajudar outras paróquias na sua Diocese, e meia centena de paróquias por todo o mundo, incluindo a nossa.
É justo e pertinente perguntarmo-nos: precisamos de renovação, de conversão? Não estava tudo bem? Que veio fazer o P. Tiago com estas ideias e conversas?
No começo do capítulo 5 do evangelho de Lucas, é-nos mostrado que a Igreja deve lançar as redes e pescar. A imagem do Pastor com o seu rebanho é outra imagem muito bonita que aparece noEvangelho(ver evangelho de João 10,11-15e João 21,15-17).
Jesus pediu a Pedro para cuidaras ovelhas e ser pescador de homens: estas são as duas tarefas da Igreja.
Falamos de manutenção quando o rebanho está junto:quando vamos à missa, quando temos encontros de Paróquia, quando temos formação/catequese (crianças, jovens, adultos)… a manutenção não é má: é suposto alimentarmos o rebanho.Aqui está o problema: na maioria das paróquias existe um cuidado excessivo pelo rebanho, o rebanho recebe uma atenção exclusiva.Na maioria das paróquias não existe a pesca. E vemos as paróquias a ficar vazias, envelhecidas, adormecidas, a morrer.
O Papa Francisco veio agitar as águas: “não podemos ficar tranquilos dentro dos nossos templos, é necessário passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária”. A atividade missionária é o máximo desafio da Igreja e a causa missionária deve ser a primeira de todas as causas. A Igreja deve cuidar do rebanho e criar ovelhas saudáveis e fortes para que possam sair e pescar.Assim, cada cristão deve ser discípulo-missionário.
Quando a Igreja só cuida de si mesma, acaba por tornar-se egoísta. E o rebanho, os cristãos, acabam por pensar que a Igreja existe para eles e somente para eles. É importante lembrarmo-nos que nós, Igreja, existimos para as pessoas que estão fora!
Tal como Jesus convidou os Apóstolos, também ele hoje te convida “leva o barco para a parte mais funda do lago e lança as redes” (Lucas 5,4). Somos enviados para o desconhecido, para longe da segurança da margem. E o Senhor diz “não tenhas medo” (Lucas 5,10).
Toda a gente diz que é preciso mudar, que as coisas não podem continuar como estão, que é preciso sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar as periferias, ter mais alegria na liturgia…, mas poucos têm a coragem de avançar nesse caminho de conversão pastoral e missionária.